segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Uma mulher livre.






Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir foram, talvez, o casal mais influente do século 20. Eles nunca se casaram, mas juraram devoção mútua um ao outro com total liberdade, uma tentativa de derrubar a hipocrisia sufocante que, por tanto tempo, tinha ditado a vida das pessoas. Sempre empurrando novas fronteiras, eles exploraram os seus pensamentos em romances, peças de teatro e obras filosóficas. Ele ganhou o maior prêmio literário do mundo, o Prêmio Nobel. No entanto, ele se recusou a aceitá-lo porque pensou que faria dele uma figura estabelecida e, portanto, silenciar sua mente inquiridora.
Suas vidas privadas eram totalmente experimentais. Simone de Beauvoir teve casos com homens e mulheres, enquanto Sartre, apesar de sua estatura atrofiada e vesgo, sempre foi cercado por musas adoradores, felizes por cuidar de seu gênio. Quando morreu, em 1980, mais de cinquenta mil pessoas saíram às ruas de Paris. Mas isso não foi o fim da história. Sua influência continua até hoje, nos livros e sabedoria duradoura.

Por outro lado, de Beauvoir se tornou uma figura emblemática do feminismo e da luta pela igualdade entre os sexos. Ela pregava seu ideal de independência feminista e da igualdade, evitando tais 'burgueses' conceitos como casamento e filhos, e reivindicando que as mulheres devem se comportar exatamente como os homens, a verdade é que tal estilo de vida a deixou amargamente infeliz e ela tornou-se obsessivamente ciumenta de incontáveis ​conquistas de Sartre.
Não pensem que escrevo este artigo a favor do estilo de vida, um assunto a parte. Apenas observo uma história de vida fascinante e enlouquecida. Mentes brilhantes explorando o jogo dos sexos, confrontando a mentalidade hipócrita dos mortais e a oposição entre masculino e feminino.Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir se conheceram como estudantes em Paris em 1929. Simone havia decidido se formar professora do ensino médio, uma posição apenas para as mulheres. Ela foi uma das primeiras mulheres a fazer os exames na Universidade Sorbonne de Paris. Sartre, três anos mais velho e impulsionado por um ódio de seu padrasto, era um ladrão e um adolescente rebelde, até que ele percebeu que os seus resultados escolares brilhantes o tornaram um ímã para as mulheres. Na Sorbonne, Sartre gostava de chocar seus colegas. Em um baile, ele apareceu nu, em outras ocasiões, ele desfilou uma prostituta em um vestido vermelho. Mas quando conheceu a bela e jovem Simone estava em transe. Ela era tão inteligente quanto qualquer homem e, também desencantado com sua família burguesa, ela compartilhou o seu fascínio com o submundo de Paris. No último teste da universidade, em que ele passou em primeiro lugar, e ela em segundo lugar, Sartre propôs casamento. Simone se recusou, não por qualquer razão filosófica, mas porque ela estava dormindo com um de seus melhores amigos. E assim, em 1 de outubro de 1929, Sartre sugeriu seu pacto: eles teriam um amor permanente "essencial". Eles juraram fidelidade um ao outro, mas teriam casos, um relacionamento aberto.
Até que durante a Segunda Guerra Mundial, quando Sartre foi chamado  e seus jogos de sexo continuaram através de cartas, deixada para trás em Paris, Simone continuou a seduzir homens e mulheres, escrevendo as descrições excitantes de suas atividades para Sartre, que revelam sua crueldade e a vulnerabilidade de suas conquistas. Quando ele finalmente voltou a Paris, ele a ignorou completamente e foi morar com sua mãe. Simone jogou-se no trabalho e, depois de uma visita pela América em 1947, escreveu seu livro mais importante, O Segundo Sexo.
Os americanos não gostavam dela beber, zombavam de suas roupas e eles perceberam que ela não gostava das faces insípidas de mulheres americanas que faziam de tudo para agradar seus homens. Porém, a mulher americana que ela realmente não gostava era, naturalmente, a sua rival: Dolores Vanetti. E foi para se vingar de Dolores e Sartre que ela caiu na cama com o escritor Nelson Algren Chicago. Os dois tinham muito em comum. Algren era um boêmio, um rebelde, um esquerdista e bebia tanto quanto Simone. Quando Simone descobriu a união de Sartre e Dolores, atordoada pela sua rejeição, se deixou levar por Algren. Ela tinha 39 anos, sem um amante durante muitos meses, e agora, pela primeira vez em sua vida, ela se apaixonou. Algren lhe comprou um anel de prata barata que ela usaria pelo resto de sua vida. Mas ele não estava preparado para a fidelidade de Simone a Sartre. Embora ela professou em muitas cartas que ela o amava apaixonadamente, ela não deixaria Jean-Paul. Simone e Sartre continuaram a se comunicar por cartas, encontros, escapadas. Eles nunca se abandonaram. Mesmo ambos terem relações sólidas e passageiras, a amizade e a admiração pela mente os uniam.
"Eu sou muito gulosa", escreveu ela. "Eu quero tudo da vida, eu quero ser uma mulher e ser homem.”Após sua morte, Sartre foi deixado sozinho com Simone no hospital, e ela se se deitou sob o lençol para passar uma última noite com ele. Foi então que ela escreveu o seu epitáfio para o túmulo niilista que acabaria por partilhar, desolada - "Sua morte nos separa, minha morte não nos reunirá".
Finalmente, ela seguiu seu próprio caminho, mas em seu coração, sabia que seguia sozinha apenas por ter vivido além dele. (Amanda Maciel Antunes)


Emagrecer? Alegrar-se? Ter paz?

http://www.youtube.com/watch?v=Hu9Sq1RvuoA

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Magia para emagrecer

VENCI! Depois de 10 anos acima do peso, depois de anos de obesidade eu CONSEGUI! Consegui tirar do meu corpo o peso equivalente ao de uma criança de 6 anos.. A luta é ardua.. talvez a luta pra emagrecer tenha sido a mais dificil que eu conheci e vivi. É diária, é sofrida.. não é um dia após o outro: é uma refeição apos a outra! É você dizer vários "nãos" a tudo aquilo que você simplesmente amava (pizza, macarronada, chocolate, CERVEJA, pão e uma infinidade de outras coisas) e que está disponivel o tempo todo ali, na sua frente. Dai você começa a entender mais do que nunca o que Skinner queria dizer sobre autocontrole: é você abrir mão de um prazer rapido, momentâneo, pequeno em busca de um prazer muito maior a longo prazo. E assim fui, sempre lembrando de Skinner e pensado "o que é pior: não comer esse bolo da Doces Sonhos ou se olhar no espelho todos os dias e não gostar do que vejo? Resistir a essa cerveja ou viver indisposta e com preguiça de andar qualquer 100mts? Dizer não quando a pizza chega em casa ou ficar o verão todo se escondendo?" E assim fui dia após dia.. e o mais incrivel: cada dia mais feliz! As roupas foram folgando, o rosto afinando e eu ja trabalhava esperando ansiosamente a hora de ir pra academia. E era cerveja prum lado, pizza pro outro e eu la firme e forte! Ai os quilos foram indo.. indo.. indo embora pra nunca mais! E vieram os elogios, as palavras de força, de estimulo e eu descobri que eu estava AMANDO fazer exercicio fisico, que eu estava dormindo melhor, andando, subindo ladeira sem reclamar.. ate fiz uma trilha de 1h e 40 minutos só de subida e parei pouquissimas vezes! Depois disso ninguem me segurou mais! Verduras e legumes viraram o grande amor da minha vida! Pra mim não existe hoje nada melhor do que uma abóbora! rs E lá se foram 24 quilos! (19 só nos ultimos 3 meses e 18 dias)! Meu IMC baixou do 33,7 para 25,91! Só mais 2kg e estarei com peso ideal para minha altura! E nada me faz mais feliz hoje do que comprar a roupa que EU QUERO E NÃO MAIS A QUE CABE EM MIM! Esse prazer não há nada no mundo que pague! Não há nada mais triste do que ver mil roupas legais e não poder comprar porque simplesmente não tem seu numero ou nao vão ficar legais em você... Sai do 46 para o 42 (e to ate me arriscando em algumas roupas 40! rs) Sempre fui uma pessoa feliz.. a obesidade nunca me fez menos feliz. Eu achava que ela não me atrapalhava em muitas coisas.. mas simplesmente sou MUITO MAIS FELIZ ASSIM! Tenho mais disposição, mais energia, estou mais calma, dormindo melhor e como sempre pensado na proxima viagem (agora com muito mais aventura)e lembrando de varias trilhas que deixei de fazer por causa do meu peso... Enfim.. não escrevi isso para me vangloriar, para receber elogios (apesar de que quando a gente vence uma batalha dessa eles são muito bem-vindos) ou para mostrar como estou e etc. Mas escrevo para motivar todas as pessoas que me mandaram mensagem aqui me pedindo a receita, a dieta, a magica.. nao é magica: o caminho todos sabem qual é, agora é dar um pontapé inicial. Vamos parar de criar desculpas pra adiar a caminhada, vamos mostrar para nos mesmo que somos muito mais fortes do que aquele pão que ta na mesa e que a gente pode ser muito feliz sem a pizza o domingo. Peça ajuda, peça aos amigos, aos familiares que lhe entendam quando você disser que não vai beber ou nao vai àquela pizzaria, mas topa um outro lugar.. E quando pensar: po.. mas eu tenho que perder uns 20kg lembre de mim! Parece distante no incio.. na verdade parece impossivel, mas não é! Se não foi pra mim não sera pra você! Vamos la gente, aproveite que hoje é domingo porque eu sei que a gente sempre promete começar na segunda, inclusive deixei pra escrever hoje justamente para empolgar quem está querendo emagrecer a começar amanhã! Projeto Verão sem canga! Chega de sermos prisioneiros do nosso próprio corpo! E quem quiser minha ajuda pode contar comigo, quero que todas as pessoas sintam a felicidade que estou sentindo! E obrigado a todos que me ajudaram, que me entenderam e me deram força.. principalmente a @[100000321294035:2048:Sabrina Bezerra] minha companheira de luta que sempre esteve do meu lado com palavras de força e estimulo, Sá essa vitoria tambem é sua! Te adoro demais!

domingo, 20 de outubro de 2013

Existe a formula do amor?

Ingredientes para o amor: confiança, admiração e respeito!

:: Rosana Braga :: 
Fiquei bastante tentada a colocar o título desse texto de Receita de Amor. Acho que ficaria mais interessante, mas infelizmente não acredito em receitas para o amor e estaria começando com a consciência pesada. Então, resolvi dar apenas os ingredientes. A sua receita é você quem cria!

Há faz alguns anos, conversando com uma amiga psicóloga – a Sandra Macedo – ela me disse que um relacionamento só poderia dar certo se estivesse baseado em três sentimentos. Eu, obviamente, imaginei que o primeiro seria o amor e os outros, nem teriam tanta importância. Qual não foi a minha surpresa quando ela citou os três e o amor ficou de fora. Passei bastante tempo refletindo se concordava com o que ela havia dito e somente depois de alguns anos compreendi que, na verdade, aquela era a fórmula do amor. Ou seja, não é possível sentir e principalmente manter-se sentindo amor por uma pessoa caso não a admiremos, não a respeitemos nem confiemos nela!

Mas descobri que cada um de nós, quando usa essa fórmula, obtém o seu próprio resultado, dependendo também da combinação entre o que somos e o que o outro é! Isto é, eu posso confiar, admirar e respeitar um homem, mas nem por isso amá-lo como homem. Posso tê-lo apenas como amigo ou irmão. Mas quando acontece uma alquimia entre a química contida em dois corações, aí sim sentimos o amor pulsar e expandir nossa existência como uma espécie de magia (embora o amor não tenha nada de mágico e sim de sublime)!

Na verdade, o que quero dizer é que existem muitas pessoas que acreditam estar vivendo o amor, quando na verdade estão alimentando algum outro tipo de sentimento muito aquém. Sentem-se tristes, desesperadas, perdidas, angustiadas e insistem em justificar todo esse pavor através da palavra amor... Sentem-se rejeitadas, desmerecidas e enganadas e, ainda assim, acreditam que amam...

Mas se essas pessoas parassem por um instante, se desprendessem desses sentimentos tão dolorosos e respondessem, sinceramente, três perguntinhas, talvez descobrissem e se espantassem com o fato de que não estão vivendo o amor.

Faça o teste! Pense na pessoa que você acredita que ama. Pense na relação de vocês e responda:

1 – você admira essa pessoa? Admira o jeito dela, o caráter, a personalidade, a maneira como ela encara a vida, as atitudes dela diante dos problemas, diante das alegrias, enfim, você admira a alma dessa pessoa?

2 – você confia nessa pessoa? Você acredita que pode contar com ela, pode confiar no que ela diz? Está certo de que ela faz o possível para cumprir o que promete e está disposta a construir uma relação baseada na sinceridade e na verdade, por mais difícil que seja?

3 – você respeita essa pessoa? Considera o que ela pensa, o que ela sente e está disposta a aceitá-la, por mais diferente que ela possa ser de você? Você realmente consegue dar espaço para que ela seja como é, sem tentar o tempo todo fazer com que ela mude o seu jeito, as suas opiniões e o seu comportamento?
É... talvez você se surpreenda com suas próprias respostas. Talvez você descubra que o que sente não é amor, mas capricho, falta de auto-estima, medo de ficar sozinho, conveniência, acomodação... Talvez você descubra que se acostumou com uma relação desgastante e cheia de desentendimentos, mas que nunca se questionou sobre o que realmente quer...

Muitas pessoas preferem acreditar que não têm sorte no amor ou que é preferível ficar numa relação ruim a ficar sozinho, mas na verdade estão apenas com medo de tentar, com medo de sair em busca de um amor intenso, com medo de se livrar de uma pessoa que só lhes faz mal e perder o lugar de vítima!

É bem mais fácil ter argumentos para justificar um amor que não deu certo do que se arriscar a encontrar uma pessoa maravilhosa, companheira, sincera e profunda e ter de lidar com seus próprios defeitos, com suas próprias inseguranças e culpas...
Pois eu sugiro que você não aceite menos, não aceite pouco. Exija o melhor de você mesmo e do outro. Exija respeito, confiança e admiração. Sinta isso pela pessoa amada... Sinta isso, acima de tudo, por si mesmo! E se não puder, pare onde estiver e proponha-se a aprender e se preparar para o verdadeiro amor! Sempre há tempo, mas não demore muito.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ninguém pertence a ninguém



Ciúme sempre remete à falta. O “outro” se torna o alvo de um desejo de posse, que envolve a apropriação de algo que faz falta ao ciumento. O ciumento não consegue se bastar. Ele precisa do outro, ou de outra coisa, para se completar, denunciando assim seu empobrecimento interno.
A sensação de ter sido roubado é tão intensa que o ciumento tenta de toda maneira voltar a se apropriar daquilo que julgava ser dele, de pleno direito, sem questionar se esse direito de fato existe ou não. O processo envolve um sentimento profundo de raiva e desperta surtos de agressividade, que podem ser mais ou menos intensos indo de ataques velados a ataques mais explícitos de caráter verbal ou até físico.
A carência do ciumento incomoda por envolver uma queixa continua. O carente está continuamente se queixando de sua falta. Um buraco negro que frequentemente acarreta uma voracidade (afetiva) insaciável. Isto explica por que o alvo do ciumento se sinta na maioria das vezes atormentado por um sentimento perturbador de impotência, que o leva pouco a pouco a querer se livrar definitivamente da presença incômoda do ciumento. O ciúme é portanto um sentimento que provoca a reação contrária daquilo que supostamente pretende, manifestando assim um aspecto curioso de auto-sabotagem.



O que está por trás do ciúme e da possessividade?


 Tanto na literatura, como no cinema não faltam tentativas de explorar a fundo o ciúme, esse sentimento profundo e amargo que perturba a alma humana tornando as relações de qualquer tipo difíceis e conturbadas.
O ciúme não acomete somente os amantes, mas também os irmãos, os amigos e até os vizinhos e os colegas de trabalho. Se o sentimento é perturbador para quem sente ciúme, não é menos incômodo para quem é objeto do ciúme alheio, pois a relação se torna invariavelmente perturbada, difícil, hostil e às vezes impossível.
Mas o que movimenta sentimentos tão intensos e difíceis de ser controlados, que podem até ocasionar reações violentas e imprevisíveis? Se perguntarmos à quem sente ciúmes, ele terá sempre à sua disposição uma lista de argumentos para justificar seus sentimentos. As queixas geralmente envolvem sentimentos de abandono, de postergação (ser passado para trás), de falta de cuidado, de estar sendo injustiçado. Enfim o ciumento sente que algo ou alguém que julgava ser dele de direito lhe foi roubado. Estamos falando basicamente de afetos, muito embora às vezes o ciúme envolva também objetos.


Se o sentimento é de perda, isto significa que o ciúme envolve uma sensação interna de esvaziamento. Algo que tinha sido inconscientemente “colocado” no outro ou em uma determinada situação, é roubado, fazendo com que o ciumento se sinta privado daquilo que lhe pertencia. Poderíamos comparar o ciumento a alguém que guardou um bem precioso, que julgava ser seu, no cofre. Qual será sua surpresa ao perceber que o cofre onde havia guardado seu bem precioso não lhe pertence “mais”. Na realidade nunca lhe pertenceu, mas, por um movimento inconsciente de apropriação, o ciumento tinha se apropriado do cofre alheio, julgando ser seu o que nele “depositou” projetivamente. Sofrido é perceber que não somente o cofre não era dele, mas sequer era dele aquilo que ele achou ter ali depositado.

sábado, 12 de outubro de 2013

Um dia sem pipoca e sem cinema é um dia perdido


O amor às palavras. O valor da amizade, que pode não estar tão visível e próxima quanto a esperamos. Personagens realmente humanos, palpáveis, nem sempre palatáveis. Um filme curto, simples, sem mirabolâncias. Tudo isso é pouco para descrever “Minhas Tardes com Margueritte”, brilhantemente protagonizado por Gérard Depardieu e Gisèle Casadesus.
Não pretendo contar a história inteira, mas é fato que Germain teve problemas de aprendizado quando criança: ainda hoje de difícil diagnóstico e ainda simplesmente rotulado como “burrice”, Germain não teve oportunidade de ser ajudado, muito menos pela mãe e pelo professor. Incompreendido, motivo de chacota dos colegasna escola, sem um pai que o ajudasse contra os mal tratos da mãe, nem assim se torna um adulto que desconte as desventuras de sua vida por meio de rancor ou intolerância. Sim, fala bobagem, fala sem pensar, mas possui um coração gigantesco. Já a Margueritte do título em português (no original, “La tête en friche“) mora numa casa para idosos, recebe poucas visitas de um sobrinho que sustenta sua estada na instituição. Ela ama leitura, e todas as tardes não se sente sozinha, pois está em companhia de seus livros e dos pombos habituais da praça.
Baseado em livro de Marie-Sabine Roger e dirigido com simplicidade e sensibilidade por Jean Becker, o filme se desenvolve em torno do improvável encontro dos dois, mas também a partir das lembranças de infância de Germain, de seu namoro com alguém que o compreende, de seus amigos no cotidiano da pacata cidade em que vivem…
Quantas vezes você já passou uma tarde com Margueritte ?
Com impressionantes 96 anos, a atriz Gisele Casadesus tem o brilho preci(o)so para compor de igual para igual com Gerard Depardieu sua delicada Margueritte diante do enorme ícone francês — tão grande quanto seu transbordante talento em um papel à sua altura (num ano em que também participou de outro excelente filme, “Potiche – Esposa Troféu”. Depardieu realiza com inteligência uma interpretação sensível de Germain, mas é generoso: na verdade, mesmo como contraponto ao protagonista que de fato é Depardieu, não se enganem, a personagem de frágeis 40 quilos é ainda mais interessante que o enorme Germain.
Como já citei, um filme curto, mas muito humano sem ser piegas ou cair em quase inevitáveis clichês. “Minhas Tardes com Margueritte” resulta em uma produção delicada que envolve o espectador do começo ao fim de forma simples e tocante. Um dos filmes do ano, recomendo. Pena que esteja em cartaz em tão poucos cinemas.





quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Luz do sol

 

Há uns dias não escrevo aqui. Estava pensando o que trazer para vocês e acredito que o que faz bem para a saúde de tantas pessoas, deveria mesmo ser compartilhado, para o bem de todos. Tomo o suco verde a 4 anos e o efeito dele em minha saúde é maravilhoso. Uma receita muito simples,mas que faz uma diferença espetacular no organismo como um todo. Melhora o metabolismo e com isso, queima calorias, limpa os intestinos e por tabela, a pele, queima gordura e detona colesterol ruim, sacia a fome, entre centenas de benefícios á saúde. Famosas aderindo cada dia mais, popis já sentiram que os efeitos são mesmo efetivos. Experimente, também!









Luz do sol

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Reveillon na praia

Em duvida do que vai usar no reveillon? Fui buscar um modelo para mim e acabei por ter a idéia de trazer para você algumas sugestões. Como prefiro usar branco, é ele que predomina aqui. Neste acima, eu usaria muitas pulseiras e tiraria quase todos os colares.


 A tendência para o verão está para as rendas!


 Capriche nas pulseiras, que estão vindo com força. Muitas pulseiras, de estilos diferentes..

 Para as despojadas....



 Amei este vestidinho branco





 Reveillon na areia pede um look descontraído, para as esportivas

Ah, quero encontrar alguém que faça um crochê assim....









Quer arrasar? Franjas ajudam


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sexy gorgonzola

“Somos queijo gorgonzola”

Estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, só ouço isto. No táxi, no trânsito, no banco, só me chamam de senhora. E as amigas falam “estamos envelhecendo”, como quem diz “estamos apodrecendo”. Não estou achando envelhecer esse horror todo. Até agora. Mas a pressão é grande. Então, outro dia, divertidamente, fiz uma analogia.

O queijo Gorgonzola é um queijo que a maioria das pessoas que eu conheço gosta. Gosta na salada, no pão, com vinho tinto, vinho branco, é um queijo delicioso, de sabor e aroma peculiares, uma invenção italiana, tem status de iguaria com seu sabor sofisticadíssimo, incomparável, vende aos quilos nos supermercados do Leblon, é caro e é podre. É um queijo contaminado por fungos, só fica bom depois que mofa. É um queijo podre de chique. Para ficar gostoso tem que estar no ponto certo da deterioração da matéria. O que me possibilita afirmar que não é pelo fato de estar envelhecendo ou apodrecendo ou mofando que devo ser desvalorizada.



Saibam: vou envelhecer até o ponto certo, como o Gorgonzola. Se Deus quiser, morrerei no ponto G da deterioração da matéria. Estou me tornando uma iguaria. Com vinho tinto sou deliciosa. Aos 50 sou uma mulher para paladares sofisticados. Não sou mais um queijo Minas Frescal, não sou mais uma Ricota, não sou um queijo amarelo qualquer para um lanche sem compromisso. Não sou para qualquer um, nem para qualquer um dou bola, agora tenho status, sou um queijo Gorgonzola.

Maitê Proença