sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Para tudo!



Vocês sabem o que acontece em uma aula de YOGA?

Geralmente começa com a intenção de se trazer de volta ao centro. O ponto de partida desse processo é normalmente observar a respiração e se conectar com o seu ritmo natural. Da porta para fora do estúdio ficam stress e preocupações causados pela demanda do dia-a-dia e no seu tapetinho você encontra uma calma interior. Então com essa consciência da respiração você começa a praticar alguns asanas (posturas). Existem varios estilos diferentes, mas qualquer um deles te permite explorar a pratica de Yoga, massagear os órgãos internos e glândulas, além de promover o livre fluxo de energia em todo o corpo. A pratica termina com um merecido Yoga Nidra  (relaxamento). Normalmente você vai estar em Shavasana ou Postura do Cadáver, para absorver os benefícios da pratica e relaxar. Uma aula de Yoga dura em media 1 hora, 1 hora e meia... E pode ser o ponto de partida para uma transformação pessoal, em termos de saúde, estilo de vida e realização de metas! 







Sim, estas aí na foto somos eu e minha afilhadinha,num lugar ótimo,abençoado, aqui na Chapada.  Na natureza, a prática de yoga fica ampliada,mais vibrante. O prana é melhor absorvido e o relaxamento, após os asanas, indescritivel.
Conheci o yoga após o parto da minha primeira filha. Era vizinha de uma instrutora de yoga e ela me iniciou nessa filosofia que jamais abandono. Me centra, me faz vibrar a alma, me acalma, emagrece, enobrece e eleva o crescimento espiritual, entre centenas de outros benefícios




Se você não tiver tempo ou disposição para agir conforme a ética do Yoga, tampouco terá tempo nem atitude para praticá-lo. Yama niyama são os dois primeiros passos da caminhada, condição indispensável para que a prática dê resultados concretos.
Pedro Kupfer



O fundamento do Yoga, como de toda espiritualidade autêntica, é uma ética universal. Essa prática compreende 10 grandes obrigações morais que podem ser consideradas patrimônio de todas as grandes religiões. São elas os 5 yamas e os 5 niyamas.
Yama significa controle ou domí­nio. É o pontapé inicial no caminho do Yoga. Os yamas são cinco proscriçõesahimsasatyaasteyabrahmacharya e aparigraha, aquilo que não devemos fazer, os refreamentos ou abstinências que pretendem purificar o yogi, aniquilar a subjetividade advinda do egocentrismo e prepará-lo para os estágios seguintes da prática. Desempenham o controle dos impulsos naturais, que se manifestam através dos cinco órgãos de ação (karmendriyas): braços,pernasboca, e órgãos sexuais e excretores. Essas normas de disciplina moral têm a finalidade de por freio ao poderoso instinto de sobrevivência e canalizá-lo para servir a um propósito superior, regulando as interações sociais do yogiharmonizando o relacionamento dele com os outros seres.Esse controle criativo que os yogis exercem sobre as suas energias exteriorizantes resulta num excedente energético que pode então ser posto a serviço da transformação espiritual da personalidade.Ahimsa, a não-violência, entende-se como não matar, não agredir, não ferir, nem causar nenhum tipo de dor a nenhum ser vivo. É a raiz de todas as outras normas morais.


Satya, a veracidade ou o não mentir, consiste em fazer coincidir pensamentos, palavras e ações, o que deve entender-se como evitar a falsidade em todas as suas formas.

Asteya significa não roubar, não cobiçar ou invejar bens ou conquistas de outrem. Não é apenas não roubar, mas eliminar totalmente o impulso de apoderar-se de objetos (ou ideias) alheios.

Brahmacharya, o não desvirtuamento da sexualidade (não perverter, nem degradar, exacerbar, explorar ou se submeter ao sexo)
Radha e Krishnapode interpretar-se como ser coerente em sua vida relacional e sexual. A palavra Brahmacharya é composta da raiz char, que significa mover-se, e da palavra Brahma, que significa verdade essencial. Assim, podemos entender brahmacharya como um movimento em direção ao essencial. É mais usado, geralmente, em termos de abstinência sexual. Mais especificamente,brahmacharya sugere que devemos formar relacionamentos que nos façam entender as verdades mais nobres.
Aparigraha, a não possessividade ou o não cobiçar, traduz-se em generosidade e desapego (vairagya) em relação não apenas aos bens materiais, mas também às relações afetivas. O apego (raga) nos tira da sintonia necessária para praticar. Assim, os yogis são encorajados a cultivar a simplicidade voluntária, pois o excesso de bens materiais só serve para distrair a mente, sendo a renúncia (vairagya) um aspecto essencial do estilo de vida yogiko.

Não pode ser eficaz e verdadeira a meditação de alguém que está em dí­vida com seus semelhantes, se há alguém a quem feriu, a quem enganou, a quem furtou, a quem explorou sexualmente, a quem deseja ou desejou arrebatar algo, pois as ví­timas estarão vibrando contra o pretenso meditante. À mente deste acorrerão lembranças e remorsos, que a inquietarão e frustrarão a pretensão de meditar.


Niyama, as prescrições psicofí­sicas, compreendem cinco disciplinas ouobservâncias, ou seja, aquilo que devemos fazer: sauchansantosatapas,svadhyaya e Ishvarapranidhana. Essas atitudes cumprem a função de domí­nio sobre os cinco órgãos de percepção (jñanendriyas): olhosouvidosnarizlíngua e peleShivaEsse controle dos sentidos aponta à organização da vida pessoal e interior do praticante, harmonizando o seu relacionamento com a vida em geral e com a Realidade transcendente.

Sauchan é a pureza ou purificação. A purificação externa incluialimentação vegetariana, exercí­cios de purificação orgânica (como a lavagem das vias respiratórias e dos aparelhos digestivo e excretor) e manter limpo o ambiente em que se vive. Um organismo poluí­do por hábitos impróprios, como o uso de drogas (incluindo o cigarro e o álcool) ou alimentação intoxicante, gera comportamentos e condicionamentos contraproducentes para a prática do Yoga. A purificação interna inclui a eliminação das impurezas do pensamento. As técnicas mais refinadas de purificação são tattva suddhi e chitta suddhi (antar mouna).

Santosa, o contentamento, consiste em cultivar um estado interior de permanente alegria, independentemente das circunstâncias externas, o que facilitará muito o progresso na prática. O contentamento é uma expressão darenúncia (vairagya), o sacrifí­cio voluntário das coisas que nos serão inevitavelmente arrebatadas no momento da morte. Liga-se de perto àquela atitude de indiferença que faz com que os yogis encarem com a mesma atitude um torrão de terra e uma pepita de ouro, o que permite que eles se deparem com o sucesso e o fracasso, o prazer e a dor, com a mesmaequanimidade inabalável.

Tapas é disciplinadeterminaçãoforça de vontade concentrada, esforçosobre si próprio, a sobriedade e austeridade visando a queimar os desejos egocêntricos, inferiores, instintivos e naturais, eliminando moleza, debilidade, pieguice etc.Rama abraçando Hanuman

Svadhyaya é o estudo da metafí­sica do Yoga e de si próprio; abrange não apenas o autoconhecimento, através da reflexão sobre a sabedoria das escrituras (shastras), mas também a aplicação prática desse conhecimento.

Ishvarapranidhana é a devoção, consagração, auto-entrega e submissão aIshvara (Senhor, Deus pessoal), entendido como o arquétipo do yogi, o modelo ideal a ser seguido pelo praticante. Também significa entregar incondicionalmente as ações e seus frutos a uma vontade superior à sua própria. Pode entender-se como auto-aceitação no momento presente ou, ainda, como serviço à Humanidade.



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